Pesquisa

LGBT+ na política: percepções do eleitorado na América Latina

LGBT+ na política: percepções do eleitorado na América Latina

A pedido da Luminate, o Instituto Ipsos conduziu a pesquisa LGBT+ na política: percepções do eleitorado na América Latina. A maioria das pessoas ouvidas em Argentina, Brasil, Colômbia e México apoia a representação de lideranças LGBT+ em cargos políticos, defendendo, inclusive, um aumento dessa participação

As desigualdades que marcam a América Latina impactam de forma particular e profunda as pessoas LGBT+. Todos os dias, elas enfrentam perseguições, violência e discriminação. Por exemplo, 68% dos assassinatos de pessoas trans registrados em 2022 no mundo aconteceram na região.

Expandir a participação cívica e política da população LGBT+ é fundamental para garantir acesso aos espaços onde as decisões que afetam diretamente suas vidas são tomadas. Com mais representação política, pessoas de diversidade sexual e de gênero podem atuar para interromper os ciclos de violações e contribuir com políticas públicas que se traduzam em garantias de direito para elas e para toda a sociedade.

Embora ainda haja muito a avançar, a presença de representantes LGBT+ em cargos públicos tem aumentado nos últimos anos, promovendo um movimento transformador e vibrante para a democracia da região. Neste mês do orgulho LGBT+, apresentamos a pesquisa de opinião LGBT+ na política: percepções do eleitorado na América Latina, que mapeia o apoio popular à presença queer nos espaços de poder de Argentina, Brasil, Colômbia e México. 

O estudo mostra que a maioria do eleitorado da América Latina acredita na importância da representação política LGBT+ e defende seu aumento. É majoritário também o grupo que acredita que a diversidade é um valor inerente à democracia. No geral, existe uma percepção de que as pessoas LGBT+ devem participar da política institucional por serem indivíduos iguais aos demais e, portanto, terem direitos iguais. O reconhecimento do diferencial que candidaturas da diversidade sexual e de gênero adicionam aos espaços de poder,  no entanto, é mais frágil.

Metodologia

A pesquisa quantitativa Luminate/ Ipsos realizou 4,400 entrevistas via painel online (1,000 na Argentina; 1,200 no Brasil; 1,000 na Colômbia; e 1,200 no México), incluindo homens e mulheres maiores de 18 anos. O estudo foi realizado entre os dias 27/04/2023 e 12/05/2023. A margem de erro é de 1,5 ponto percentual (Argentina: 3,1 p.p.; Brasil: 2,8 p.p.; Colômbia: 3,1 p.p.; e México: 2,8 p.p.).

LGBT+ na política: percepções do eleitorado na América Latina para ver os resultados de cada país